Tumor de órbita. Ao se deparar com esse diagnóstico, como você se sentiria? Devido às menções dessa enfermidade na mídia, muitas vezes, associa-se sua presença ao câncer, por isso, o conteúdo deste artigo vai mudar sua perspectiva a respeito do tema.
O tumor, independentemente da região em que é identificado, parte da mesma classificação: é caracterizado pelo aumento de volume de alguma parte corporal.
Essa alteração é formada pelo crescimento de células no local e, é a partir da análise dessa multiplicação celular, que o tumor é definido como maligno ou benigno (as características da manifestação benigna são de células com crescimento lento e controlado). Ou seja: nem todo tumor é evidência de câncer.
Quais são os principais tipos de tumores da órbita?
Como mencionado acima, os tumores podem ser malignos ou benignos e podem se manifestar de diversas formas. No caso dos tumores orbitais, temos algumas enfermidades mais comuns. Confira:
- O hemangioma cavernoso é o tumor do globo ocular mais comum, ele é consequência de dilatações vasculares anormais;
- O adenoma pleomórfico da glândula lacrimal gera desvio ocular e seu aparecimento ocorre, frequentemente, na glândula lacrimal;
- O carcinoma ocorre no tecido epitelial, responsável por proteger nossos órgãos;
- A displasia fibrosa é uma manifestação benigna que atinge os ossos e gera lesões na região;
- O estesioneuroblastoma origina-se das células do epitélio nasal, é raro e maligno;
- O glioma do nervo óptico é uma neoplasia rara, responsável por 6% dos tumores intraorbitários;
- O granuloma é uma inflamação causada por células que tentam eliminar “presenças estranhas” no corpo.
- O hemangioma capilar é causado por acúmulo anormal de vasos capilares na parte mais superficial da pele;
- O hemangiopericitoma, por sua vez, é um dos tumores da órbita mais agressivos;
- O linfangioma é um tumor benigno, que resulta da má formação da rede vascular linfática;
- O linfoma ataca o sistema responsável por combater as infecções;
- O meningioma é, geralmente, um tumor benigno, originado nas membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal;
- A mucocele é uma lesão benigna;
- No neurofibroma ocorre a multiplicação das células das fibras nervosas;
- A osteoma é um tumor benigno que atinge os ossos;
- O schwannoma também é um tumor benigno, que atinge as células Schwann;
- O tumor demóide ou epidermóide é uma manifestação presente desde o nascimento;
- O tumor fibroso solitário pode aparecer como um tumor de baixa agressividade podendo se transformar e alta agressividade.
Quais são os sintomas do tumor de órbita?
Para começar, a diversidade de tumores orbitais confirma que eles podem estar localizados na própria órbita ou no globo ocular, nas pálpebras, na região intracraniana e nos sistemas vasculares e se expandirem até a órbita; por isso, os sintomas são plurais.
Entre os quais, podemos destacar alguns que são até bastante familiares como o estrabismo (popularmente chamado de “olhos vesgos”) e “olhos saltados para fora” (ou proptose). Além deles, ainda há duplicidade da visão (diplopia), perda da visão e deslocamento do globo ocular para uma direção oposta à do tumor.
Como confirmar o diagnóstico?
Os exames para tumor de órbita se dividem em duas etapas: tomografia computadorizada e ressonância magnética da região craniana. Porém, antes disso, uma investigação clínica é indispensável para avaliar seu histórico ocular.
Contudo, na maioria das vezes, a biópsia – coleta de uma pequena parte de um tecido do corpo humano – é o exame que pode confirmar as suspeitas do seu oftalmologista, mas fique tranquilo, o procedimento ocorre com aplicação de anestesia local, caso o médico perceba essa necessidade.
Cirurgia para retirar tumor de órbita
A remoção cirúrgica do tumor de órbita leva em consideração diversos fatores como o tamanho, a localização, o estado clínico e outras variáveis que garantem a segurança do paciente. Todavia, é função do próprio paciente definir a variável mais importante desse ciclo, o médico.
Um profissional capacitado e experiente fará diferença durante todo o tratamento para evitar maiores sequelas.
O Dr. Victor Marques é cirurgião de tumor de órbita e oftalmologista com experiência em oculoplástica – ramo da oftalmologia responsável por cuidar das alterações nas pálpebras, vias lacrimais e órbita –, inclusive com experiência em mais de 5 países (Brasil, Estados Unidos, México, Argentina, Canadá e Itália) – além de ser PhD pela Universidade de São Paulo – USP.
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